O Tocantins que dá certo vai muito bem e deu as caras na Agrotins

Parceiros juntando esforços para gastar menos e otimizar seus resultados na qualificação e apoio ao empreendedor, soluções criativas e energia limpa para o campo: uma injeção de otimismo na Agrotins

Simulador: operação de máquinas de última geração
Descrição: Simulador: operação de máquinas de última geração Crédito: Lourenço Bonifácio

Sai da Agrotins no sábado, último dia da Feira com aquela crença positiva de que nem tudo está mal como a gente pensa, quando olha a realidade da máquina pública como se ela fosse a síntese do que é o Estado.

Não, senhores e senhoras. Isto aí é só uma parte.

Ainda não são conhecidos os números do volume de negócios que a Feira movimentou, mas esta cifra não é no todo o mais importante.

O que impressiona é o Tocantins que insiste em ser mais ele, independente de como são gerenciados os problemas e as contas públicas por uma sucessão de governadores e secretários que fizeram a troca de cadeiras nos últimos anos no Palácio Araguaia. Não que governo ruim não atrapalhe. Atrapalha demais.

Governo bom é o que interfere pouco, cria poucas regras, sobretaxa menos, e cria condições para que empresas e empreendedores trabalhem mais e mais fácil. Mas este não é um artigo sobre governos.

No caso da Agrotins, o Estado fez sua parte: promoveu a feira, ainda que com caixa baixo. O Ministério da Agricultura fez sua parte: liberou os recursos solicitados.

Parênteses.

A frustração política ficou por conta da ausência da ministra Kátia Abreu, que não veio ao Estado. Diferente do ano passado em que mesmo com governador adversário, veio, trouxe Pelé e protagonizou a cena de reunir numa só foto Sandoval, Marcelo Miranda e Carlos Amastha.

Kátia estará no Tocantins esta semana, para lançar a Agência do Matopiba, bandeira sua, referendada e abraçada pela presidente Dilma como algo positivo e com o potencial de ser uma marca a ser deixada pelo seu governo.

O evento acontecerá no Tribunal de Justiça, dia 13.

Pano rápido.

As estrelas desta feira, brilharam, cada uma na sua dimensão, indiferentes ao pano de fundo das questões partidárias de um PMDB que se arrasta para outra sangria, agora que é governo de novo. Repetindo a cena de quando estava na planície, cumprindo papel subalterno.

A estrela foi o produtor, que foi comprar. E também o expositor que foi vender. A estrela foi o homem do campo que foi se qualificar. E os estudantes, tentando aprender alguma coisa daquele universo.

Carreta escola e espaço transformação

Recentemente criticado pelo senador Ataídes de Oliveira, o sistema S, pelo menos no Tocantins, deu um show. A começar pela união de esforços para montar e demonstrar, num espaço único – com economia de recursos – seus produtos e serviços.

Qualificação foi o forte, com salas lotadas o tempo todo para cursos que tiveram temas práticos, informativos. Segundo o balanço do superintendente do Sebrae, Omar Henemann, até a manhã de sábado, durante a coletiva, foram mais de 13 mil pessoas cadastradas no sistema, visitando o local. 

Ao lado do galpão, me impressionou a Carreta Escola adquirida pela Fieto para funcionar como oficina de formação em cursos com diversas cargas horárias, voltados para automação. Sala de aula, com todos os recursos audiovisuais dividindo espaço com motor, volante, câmbio, direção. Enfim, tudo que o aluno precisa ver, manusear conhecer.

O custo do investimento feito foi de R$ 3 milhões. O roteiro começa por atender Palmas e Paraíso, por determinação do presidente Roberto Pires. Uma iniciativa e um investimento de impacto na realidade de jovens que querem ocupar vagas no mercado de trabalho, mas não estão preparados para isto. E não sabem como chegar a elas.

O show de novidades, sobre tudo que acontece no campo, nossa verdadeira vocação para o desenvolvimento, deixou suas marcas na Agrotins. Da inovação tecnológica, às técnicas de manejo menos danosas ao ambiente. Da energia solar com seus protótipos mais acessíveis, às máquinas de última geração que custam mais de R$ 1 milhão. Tudo foi de encher os olhos.

Este Tocantins que trabalha, gera riqueza, vive e sobrevive de costas para tudo que há de podre numa herança que anos de má gestão e corrupção nos delegaram, é que permite começar uma segunda-feira mais esperançosa.

É preciso aprender as lições do homem simples do campo, cada vez mais: esforço, sacrifício, criatividade. Elas se aplicariam bem aos cofres públicos, já depauperados demais.

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