Do exterior, onde está a trabalho em Cingapura, o presidente da Fieto, Roberto Pires respondeu na tarde desta quarta-feira, 12, à divulgação de que seu nome é cotado no PP para uma pré-candidatura ao governo do Estado.
Sua assessoria encaminhou a seguinte nota que transcrevo abaixo, para depois comentar:
Nota de Esclarecimento:
Venho por meio desta nota esclarecer que respeito o partido do qual sou filiado, o PP. Defendo inclusive, que o mesmo procure mais espaço em 2014, porém, tenho como pretensão continuar meu trabalho a frente da Federação das Indústrias do Tocantins (FIETO) e do Conselho Deliberativo do SEBRAE/TO. Acredito que desta forma darei minha contribuição para o Tocantins, sempre procurando promover um ambiente favorável à industrialização e o desenvolvimento sustentável para o nosso Estado.
Roberto Pires
Presidente Federação das Indústrias do Tocantins (FIETO)
Presidente Conselho Deliberativo do SEBRAE/TO
Por trás do fato
Vejam bem o teor da nota de Robertinho: em nenhum momento ele rechaça a possibilidade de uma candidatura. Apenas diz que “prefere”, continuar à frente da Fieto.
Alguns sinais em contrário no entanto tem sido percebido nos bastidores. Um deles são as ligações que tem feito à pessoas da cúpula da União do Tocantins para negar. Outro as movimentações do pai dele, Luiz Pires, também em negar. "É um esforço muito grande para uma nota de jornal", avaliou uma fonte ligada ao governo do Estado semana passada.
A vontade de disputar que Robertinho tem demonstrado nos bastidores é grande, garante gente próxima ao empresário. O pai, Luiz Pires, que seria o grande empecilho à candidature, já teria dado sua bênção, segundo uma importante fonte do PP.
Mas o fato é que o partido tem outros nomes, caso Pires não assuma com vontade o desafio, diante do vácuo que a oposição já enxerga no processo de 2014.
Carlos Amastha, que acabou de assumir a Prefeitura de Palmas, é tido como o mais forte deles. Muito embora já tenha afastado esta possibilidade, por querer se dedicar ao mandato na capital - e tenha o agravante de não ter um vice definitivo - há quem defenda que assim que imprimir um rítmo e um perfil à sua administração, se capacite para outros vôos.
Restam no PP ainda Lázaro Botelho – que muita gente em Brasília duvida que se reeleja a deputado federal – e o ex-ministro Borges da Silveira.
Uma coisa vai parecendo certa com a decisão do PT e de Amastha de colocar Nicolau Esteves na pasta da Saúde – área trabalhosa e melindrosa demais para quem quer seriamente ser candidato a governo – o PP tem tudo para liderar a aliança de oposição, ficando com a cabeça da chapa. Quem viver verá.
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