Sinais de fissura na base em Palmas: o problema é a imagem ou a cotinha?

Amigos não há como não ver que há fissuras ainda que pequenas na base do prefeito Carlos Amastha na Câmara...

Vereadores de Palmas: mudança na postura da base?
Descrição: Vereadores de Palmas: mudança na postura da base? Crédito: Lourenço Bonifácio

 

Voltei de lá nesta terça-feira, 6, com a medida muito clara disto, depois de ouvir pelo menos três do bloco que se articula nos bastidores.

 

Ninguém quer aparecer. Ninguém autoriza publicar seus nomes. “Fica por aqui nos próximos dias e você verá a diferença”, me disse um vereador, “da base”.

 

E qual o motivo da rebeldia logo no retorno dos trabalhos do Legislativo? Joel Borges deu uma pista na sua entrevista mais cedo ao Portal T1 Notícias. Disse que a gestão Amastha quebra paradigmas e que os vereadores hoje não têm as vantagens, digamos assim, que tinham no passado, na gestão do ex-prefeito Raul Filho (PT).

 

Joel citou um exemplo muito simples: indicação de quem entra ou não nas creches, os CRAS. Amastha não aceitaria mais indicações políticas. Deu plena autonomia aos secretários e cortou as indicações diretas.

 

No caso das cotas de indicação para contratações, conta um deles, em off, os vereadores encaminham os pedidos aos secretários. Que não atendem. Mas ninguém diz que não vai atender. A resposta é que o currículo do indicado será analisado. “E dá-lhe enrolar”...

 

Outra pista dada por Joel, é a pesquisa popular. Ninguém precisa ir longe para ouvir o que a imprensa e os formadores de opinião -  no geral - pensam da atual legislatura. Basta acompanhar o Twitter e em alguns casos o Facebook: é uma Câmara agachada. O prefeito elegeu poucos, mas em pouco tempo já contava com a maioria.

 

Corte rápido para ouvir o que Joel Borges tem a dizer sobre isso: “a sociedade enxerga a Câmara como subserviente por que nós votamos tudo”. E emenda: “mas não foi votado nada que trouxesse prejuízo à sociedade”.

 

Preocupação com a imagem

 

Se os vereadores que ensaiam uma rebelião nos bastidores estão preocupados em cobrar sua cota de participação na gestão para suportar o ônus da imagem, ou se estão de fato preocupados em se reeleger para um segundo mandato sustentando discurso e prática defensáveis, é a dúvida que fica.

 

Nos próximos dias, matérias importantes estarão prontas – tecnicamente -  para serem votadas. Se serão ou não incluídas na pauta, não se sabe.

 

“Se incluir, vocês verão a resposta no voto”, confidenciou-me um vereador.

 

A ordem, entre eles é endurecer. E fazer um segundo semestre mais crítico que o primeiro. Em plena semana de viagem do prefeito à Colômbia e de Major Negreiros prefeito, é esperar para ver o que virá.

 

 

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