Leitura do relatório da CPMI é adiado pela terceira vez: Raul é citado

Ficou para a próxima semana, a leitura do relatório da CMPI do Cachoeira. Essa é a terceira vez que a leitura do relatório é adiada.

A leitura do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, prevista para essa terça-feira, 11, foi adiada mais uma vez. Desta vez, a sessão foi suspensa porque o relator deputado Odair Cunha (PT-MG) não cumpriu a promessa de excluir do texto o pedido de indiciamento do procurador geral da República, Roberto Gurgel, e do jornalista da revista “Veja” Policarpo Júnior.

Por esse motivo, segundo as informações, Cunha não encontrou condições políticas para fazer a leitura do relatório porque a maioria dos membros da CPI discorda do seu conteúdo, inclusive o deputado Sílvio Costa (PTB-PE).

Uma nova tentativa será feita na próxima terça-feira e se por acaso não houver “clima”, a CPI poderá ser encerrada sem um relatório final.

Entenda

Conforme consta no processo, Cunha pede o indiciamento do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) e do prefeito de Palmas, Raul Filho (PT) e de mais 44 pessoas.  Todos acusados de ligação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. 

Na semana passada, a votação do parecer foi adiada a pedido das lideranças partidárias do Senado. Os senadores argumentaram que, na ocasião, as atenções estariam voltadas para uma audiência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre a Operação Porto Seguro da Polícia Federal. Essa é a terceira vez que a leitura do relatório é adiada.

Novo parecer

No fim de novembro, Cunha apresentou nova versão do parecer, em que retirou o pedido de indiciamento de jornalistas e de investigação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Com as alterações, o relatório final pede o indiciamento de 29 pessoas e a responsabilização de 12 agentes com foro privilegiado na Justiça.

Segundo o relator, a mudança foi possível porque o indiciamento de jornalistas e a investigação de Gurgel não eram questões centrais, como o “núcleo da organização criminosa”. “Esse relatório, com as alterações que fizemos, significará a intenção da maioria da comissão”, afirmou.

(Com informações da Câmara dos deputados)

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