Vereadores devem realizar audiência para apurar altos valores da energia em Palmas

Em discussão, vereadores criticaram altos valores cobrados nas contas de energia da população da Capital e o vereador Diogo Fernandes sugeriu uma audiência para prestação de contas da Energisa

Vereadores criticam valores de energia elétrica e pedem auditoria
Descrição: Vereadores criticam valores de energia elétrica e pedem auditoria Crédito: Foto: Cleober Taquara

Os vereadores de Palmas discutiram durante a sessão ordinária realizada na manhã desta quarta-feira, 31, sobre os altos valores cobrados nas contas de energia da população da Capital. Os parlamentares consideraram a cobrança abusiva e discutiram formas de resolver esse problema, que afeta várias famílias palmenses.

 

O vereador Diogo Fernandes, que levantou a questão no Plenário, sugeriu a realização de uma audiência pública para prestação de contas da empresa Energisa, que detém a concessão dos serviços de distribuição de energia elétrica no Tocantins. “Talvez o que precisamos é reestatizar a energia, porque a população não aguenta mais pagar uma conta de energia cujo cálculo não é feito de forma justa”, pontuou.

 

O presidente da Casa, José do Lago Folha Filho, apoiou a sugestão da audiência pública e ainda ressaltou a importância da discussão. “Precisamos contribuir para esse debate, porque temos que entender como que é feito o cálculo dessas cobranças. Além disso, temos aqui na Capital cerca de 200 famílias que até hoje estão sem energia”, destacou.

 

Para o vereador Vandim, o Tocantins é um dos maiores produtores de energia elétrica do país e, por isso, disse que é preciso entender porque o valor das contas é tão caro. “Temos que saber exatamente o que é cobrado. A prestação de contas é realmente necessária.”

 

Cobrança dupla de ICMS

 

A questão da dupla cobrança feita pela Energisa, sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) também foi discutida no Plenário. Em outubro de 2016, a Justiça havia decidido que a medida era irregular, porque o ICMS só pode ser cobrado em cima da energia efetivamente consumida.

 

A decisão da Justiça ocorreu após o advogado Thiago Ribeiro entrar com uma ação popular, pedindo a suspensão da cobrança. Assim, em janeiro deste ano o imposto deixou de ser usado no cálculo das contas dos tocantinenses. No entanto, uma decisão do desembargador Eurípedes Lamounier, presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins, divulgada em março, derrubou a liminar que tinha suspendido a cobrança do ICMS.

 

 

 

(Com informações da Ascom Câmara de Palmas)

 

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