Vilmar diz que nomeações do governo é principal entrave para pagar a data-base

Em audiência com secretários, Vilmar fala que nomeações desnecessárias do Governo do Estado é o principal entrave para não pagar a data-base

Vilmar critica nomeações do governo em audiência
Descrição: Vilmar critica nomeações do governo em audiência Crédito: Foto: Divulgação

Durante Audiência Pública realizada no plenário da Assembleia Legislativa nesta quarta, 14, que reuniu nove secretários de estado e presidentes de sindicatos de diversas categorias de servidores, o deputado Vilmar repercutiu o artigo de opinião do jornalista Luiz Armando que argumenta o gasto do Governo com temporários e comissionados, que seria o dobro do necessário para pagar data-base: R$ 520 milhões por ano.


Sobre o argumento do Governo do Estado de não ter recursos para pagar a data-base dos servidores, o parlamentar utilizou o caso da Apae de Colméia, que acompanhou de perto, para afirmar que se o Governo se organizar tem sim condições de pagar o que é direito dos servidores. Vilmar explicou que a instituição ficou seis meses sem apoio do Governo do Estado, que retirou os 19 servidores efetivos por desentendimentos políticos. “Após muita conversa com o Governo, chegamos ao entendimento que se ele [o Governo] cedesse 14 servidores da secretaria de Educação que estavam sem função na pasta, daria pra Apae funcionar perfeitamente. Hoje, a Apae tem 33 servidores comissionados para trabalhar lá. E eu pergunto, pra quê isso? para atender pedidos políticos. Qual o sentido disse?”, argumentou o parlamentar.


Vilmar também citou as 108 nomeações para cargos comissionados identificadas no Diário Oficial do Estado nos últimos 30 dias. “70% dessas nomeações foram feitas nos últimos 15 dias”, identifica o parlamentar, argumentando que são estratégias de apadrinhamentos políticos do Governo para estas eleições.


Respondendo aos questionamentos de Vilmar, o secretário estadual da administração Geferson Barros, disse as nomeações são legais e estão dentro de um limite que o Governo tem que obedecer. Já com a tréplica do questionamento, Vilmar defendeu que não porque existe a vaga que o Governo vai nomear. ”Não é porque existe 10 mil cargos comissionados que o Governo tem que nomear 10 mil. Se não precisa, exonera dois mil e fica com oito. O que exonerar, irá ajudar a resolver o problema da data-base”, finalizou. Durante a audiência, o Governo do Estado apresentou a proposta de parcelar o pagamento da data-base até setembro de 2017, mas os servidores recusaram.

 

Diante do impasse, os deputados propuseram e o Comitê Gestor Estadual aceitou uma nova reunião com os sindicatos ainda nesta quarta, 14, para apresentarem uma nova proposta de pagamento e por fim a greve que já dura 37 dias.

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