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Último ano de gestão Cinthia Ribeiro: além do legado, que patrimônio político ficará?

Abertura do ano Legislativo trará projeção do último ano de gestão Cinthia Ribeiro

Prefeita na Câmara quando do anúncio do aumento nas emendas
Descrição: Prefeita na Câmara quando do anúncio do aumento nas emendas Crédito: T1 Notícias

O ano legislativo de 2024 será aberto logo mais em sessão solene na Câmara de Palmas, com atenção especial no pronunciamento da prefeita de Palmas, Cinthia Caetano Ribeiro Mantoan.

 

É outra Cínthia a que entra em seu último ano de governo, num final de seis anos de mandato. Dois na rebarba de Carlos Amastha, pois assumiu como sua vice, sustentou a parceria em duas eleições seguidas no ano em que Marcelo (Miranda) caiu e (Mauro) Carlesse assumiu.

 

O mandato que vai terminando nunca foi céu de brigadeiro para a prefeita que enfrentou pandemia, bolsonarismo extremo tumultuando a cidade e sua porta, haters movidos por seus opositores, e o contraponto raivoso da então vereadora, e hoje pré-candidata à sua sucessão, Janad Valcari.

 

De lá para cá, a relação com vereadores também oscilou bastante. Da sua bancada, saíram dois hoje opositores: Rogério Freitas e Laudeci Coimbra. Um foi seu candidato a presidente da Casa no primeiro biênio, a outra foi sua líder.

 

Mas como cada um é o artífice e o escritor da sua própria história, Cinthia Ribeiro tem pela frente hoje a escolha de definir como será escrito seu último ano de mandato à frente da prefeitura de Palmas. Depois da crise que enfrentou- e a nível de popularidade, superou - ano passado com afastamento, prisão de auxiliares diretos, apreensão de dinheiro e jóias.

 

O desafio para todo mandatário cujo poder começa a se esvair, e os dias de poder começam a ser contados em ordem regressiva, é garantir mais que legado: a paz na vida e o respeito entre os seus nos anos que virão fora do poder, da caneta e do Paço.

 

O plenário que vai receber a prefeita nesta terça-feira, quer saber além do patrimônio administrativo que ela deixará em 31 de dezembro deste ano, qual será o patrimônio político. Quem são os vereadores que ela abraçará, dará a mão e ajudará a chegarem a 2025 reeleitos? 

 

Que estrutura será construída para que ela tenha a segurança da aprovação de suas contas diante de adversários que farão o possível para limar seu futuro político e expô-la de diversas maneiras à reprovação pública.

 

Li uma vez uma entrevista do ex-presidente José Sarney – um sábio da política nacional – em que ele dizia duas coisas. A primeira era que ir para o Senado era ir ao Paraíso sem precisar morrer. 

 

A segunda é que tanto no Senado quanto na Presidência da República, a sensação de quem maneja o poder é de que aquilo é eterno... nunca vai acabar.

 

Se eu estivesse hoje na pele da prefeita, ao subir naquela tribuna imaginaria que hoje é 31 de dezembro de 2024 e meu contrato com o povo de Palmas chegou ao fim.

 

O que mais é possível fazer para honrar os companheiros que comigo lutaram o bom combate? Me perguntaria. Com quem contarei amanhã? E talvez a resposta seria: “Apenas com o bem que fiz, as relações que construí, os marcos que deixei”.

 

Que venha este último ano. E que seja positivo para Palmas e seus mais de 200 mil habitantes.

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