Mato na capital que luta contra a dengue: obrigação de todos

O mato que tomou conta das praças de Palmas, dos lotes baldios e das imediações das secretarias tem rendido muita discussão...

 

Não é para menos. Além de feio, é perigoso. Além de esconder bandidos ( e pessoas comuns como o cidadão que morreu esta semana em consequência de uma hemorragia após ter os dedos decepados por uma roçadeira), esconde tampas velhas, latas, pneus. Esconde o mosquito da dengue. Esta, epidemia que voltou forte este ano, por conta das chuvas e de tanta gente inconsciente e inconsequente por aí.

 

Lá em casa todo sábado é dia de procurar poças d’água. Durante o período de chuva, o mato que toma conta da área não jardinada que dá acesso ao portão, na 305 Sul, onde moro durante a semana, é capinado pelo menos a cada dois meses. Em Taquaruçu, luta igual, Lá chove mais, e portanto a chance é maior da proliferação do mosquito. Até em tampa de refrigerante que reste largada em algum canto do quintal.

 

Falo disso hoje por ver que o esforço que a prefeitura vem fazendo para limpar o matagal na cidade enfrenta duas barreiras: o tempo e a limitação de homens e máquinas neste serviço.

 

Com tudo isso, não entendo por que a Secretaria de Infra-Estrutura, comandada pelo secretario Marcílio Dias decidiu podar árvores ao invés de concentrar esforços em vencer o mato. Some-se ao fato de que Palmas foi construída em cima de área de pasto de fazenda, e dá para entender por que o capim cresce tanto: foi plantado.

 

Cada um com o seu

 

As imediações das secretarias e a grande Praça dos Girassóis também é palco de mato e ervas daninhas crescendo na sua grama. Seguindo a movimentação que a prefeitura faz, alguns secretários começaram a mandar podar sua grama e arrancar o mato dos seus arredores.

 

Num flagrante do fotografo Lourenço Bonifácio, vemos o mato sendo aparado. E infelizmente, os sacos de lixo jogados no chão, ao invés das lixeiras.

 

A empresa que faz a limpeza para a prefeitura (ou as empresas, não sei), também estão deixando seu lixo para trás, fora do lugar. Sobra grama sem cortar próximo ao meio fio. E sobra grama no asfalto caindo das ilhas que foram aparadas.

 

Detalhes, mas que não passam desapercebidos.

 

A decisão de cortar o mato dos lotes baldios e cobrar no IPTU é boa. Mas cadê gente suficiente para tudo isso? Lotes desocupados não faltam em Palmas. E nem precisa consultar o google Earth para ver.

 

Esforço conjunto

 

No Twitter esta manhã, o professor Aurélio Picanço, diretor do Campus questionava quando a prefeitura vai fazer um grande mutirão de limpeza para enfrentar o problema com intensidade e de forma a dar cabo dele mais rapidamente.

 

De fato, o professor tem razão. Nas entrelinhas da pergunta, está a resposta. A prefeitura sozinha não consegue. Na falada parceira entre município e Estado, não basta cada um fazer a sua parte. É preciso que todos façam juntos, e rápido.

 

A comunidade, por sua vez, deve fazer a sua parte. Não defendo cenas como aquelas das crianças no Aureny 1, de enxada em punho limpando a praça para jogar bola. Mas que cada um cuide da sua porta, do seu quintal.

 

E que o poder público cuide do resto da cidade. Ainda que cobrando quem não faz sua parte, pelo que gastar com isso.

 

Palmas precisa urgente de um mutirão de limpeza. Isso é fato.

Comentários (0)