Deputados governistas atacam Kátia Abreu em discurso na Câmara; senadora reage

Parlamentares criticaram a postura de Kátia com Marcelo Miranda, alegando "oportunismo" e "postura demagógica"; Senadora explica que "defende o Tocantins" e relembra histórico na justiça de deputado

Deputado federal César Halum
Descrição: Deputado federal César Halum Crédito: Fotos: Divulgação

Os deputados federais Vicentinho Jr. (PR), César Halum (PRB) e Josi Nunes (PMDB), correligionária de Kátia Abreu, dispararam críticas às declarações que a senadora vem fazendo contra a gestão do governador Marcelo Miranda, também correligionário de Kátia. Durante pronunciamento na tribuna da Câmara Federal nesta terça-feira, 4, os parlamentares relembraram a trajetória política da senadora e avaliaram sua conduta diante do governo.

 

Vicentinho Jr. considerou que o momento deve ser de união. “A partir do momento que passa uma eleição, nós temos que nos unir pelo Estado e não temos que fazer oposição por oposição”, disse o deputado. Em seguida, a deputada Josi Nunes afirmou que a conduta da senadora “é de gerar espanto, indignação e vergonha”, e seguiu relembrando a trajetória política de sua correligionária. “Depois de passar por vários partidos, de apoiar vários candidatos a governo e, logo em seguida, abandoná-los por não conseguir ver os seus interesses individuais e familiares atendidos, reaparece soltando a sua fúria peculiar contra o governo que ela defendeu e ajudou a eleger pela terceira vez”, relembrou Josi.

 

Josi ainda referiu-se às recentes críticas que a senadora fez à saúde do Estado. “E agora, vendo a crise por que passa o Estado do Tocantins e todo o Brasil, reaparece como salvadora da Pátria, dizendo defender a saúde e pedindo a renúncia de Marcelo Miranda, ou seja, jogando mais uma vez para a plateia, em vésperas de eleição. Essa não é a postura de quem realmente deseja solucionar os problemas do nosso Estado. Essa é a postura demagógica e populista de quem está com o olho em 2018”, avaliou a deputada.

 

Sem se delongar no assunto, o deputado César Halum avaliou que a conduta, segundo ele, “oportunista”, da senadora Kátia Abreu, foi motivada por uma matéria do Jornal Nacional de sábado a noite, que mostrava a falta de vaga em uma UTI pediátrica em Palmas. “A senadora é, realmente, oportunista. Foi eleita duas vezes às custas do governador Marcelo Miranda, porque sozinha não ganharia eleição. Ganhou a última eleição com 0,7% de diferença”, pontuou o deputado, referindo-se às eleições de 2014.

 

“Ela realmente utiliza disso para aparecer na mídia. Hoje ela quer ser candidata a governadora, mas nem chapa ela consegue fazer. Ela estava levando Dilma para ser candidata a senadora dela no Tocantins, porque ela não encontra um tocantinense líder que queira fazer parte de sua chapa”, disse Halum. “É preciso começar a responder a esses ataques gratuitos de quem não tem serviço prestado ao Estado. O que ela sempre fez foi usar o Estado para benefício próprio”, ressaltou o deputado.

 

Kátia reage

Em resposta às declarações do deputado César Halum, Kátia reagiu explicando que sua postura é de quem “defende o estado do Tocantins contra a má gestão do governo Marcelo Miranda”. Por meio de nota encaminhada na manhã desta quarta-feira, 5, Kátia relembrou as condenações e inquéritos movidos pelo Ministério Público contra o deputado.

 

“O Deputado César Halum ataca covardemente a senadora veja quem é César Halum. Ele é alvo de inquérito movido pelo Ministério Público Federal por peculato, falsidade ideológica e corrupção passiva. A investigação corre sob segredo de Justiça”, disse Kátia.

 

Ainda conforme a senadora, Halum “foi condenado ao ressarcimento dos cofres públicos no montante de R$ 230.832,55 e ao pagamento de multa por má-gestão dos recursos financeiros da Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins no ano de 2006, quando era Presidente da Casa. Foi condenado ao pagamento de multa por dispensa de licitação em contratação e contrato de serviços irregular, considerados ilegais pelo tribunal por infringirem a Lei n° 8.666/93 e a Constituição Federal. A contratação foi firmada entre Assembleia Legislativa do Tocantins e Banco do Brasil S.A. em 2006, quando o parlamentar era Presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins. Trata-se de ação civil pública de improbidade administrativa com dano ao erário. A acusação pede que os réus restituam R$ 850 mil aos cofres públicos”, recapitulou.

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