Comunidade de Miranorte fecha as duas entradas da cidade em protesto após mortes

Durante cerca de 2h parte da população de Miranorte parou as entradas da cidade em protesto contra a morte de Weligton Lacerda de Sousa, morto pela PM nesta sexta-feira após matar policial da reserva

Manifestação durou cerca de duas horas
Descrição: Manifestação durou cerca de duas horas Crédito: Divulgação

As duas entradas do município de Miranorte estiveram fechadas por cerca de duas horas no final da tarde deste sábado, 31. A população protestou contra a morte de Weligton Lacerda de Sousa, de 36 anos, que após desentendimento em um bar, matou com um tiro no rosto o oficial da reserva da Polícia Militar, José Carlos Pinheiro Farias, de 52 anos, e em fuga foi alvejado e morto por uma equipe da PM.

 

A manifestação só foi encerrada porque a população decidiu ir ao cemitério São João Batista para acompanhar a família de Weligton no sepultamento do rapaz, que aconteceu por volta das 18 horas deste sábado.

 

Moradores relataram ao T1 que uma onda de insegurança tem tomado a cidade, principalmente devido à forma como os policiais militares tem procedido com as abordagens. "Nós achamos muito estranha a forma como o Weligton foi morto e não acreditamos que a Rotam foi recebida por tiros quando mataram ele", apontou uma manifestante.

 

Outro manifestante disse que a população acredita que ele foi morto por ter matado um policial. "Faz poucos dias que um advogado matou um homem aqui agindo por legítima defesa e não chegaram atirando nele. Agora porque esse rapaz que também agiu em legítima defesa e fugiu para não ser morto acabou sendo recebido a tiros?", comentou o morador de Miranorte, que disse ainda que Weligton agiu em legítima defesa ao ver que José Carlos foi armado em sua casa.

 

A Polícia Militar explicou ao T1 em nota encaminhada nesta sexta-feira, 30, que "instaurará o procedimento legal (inquérito policial militar) para apurar as circunstâncias da ocorrência".

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