Prefeitura arquiva sindicância aberta para apurar post's de Facebook em campanha

Ex-secretária de Educação de Palmas, Berenice Barbosa, era alvo de processo para apurar suposto aliciamento de servidores. Corregedor, Naziozeno considerou acusações levianas...

Berenice: inocentada em sindicância
Descrição: Berenice: inocentada em sindicância Crédito: T1 Notícias

A sindicância que investigava o suposto aliciamento de servidores em campanha eleitoral, iniciada no ano passado com recomendação do prefeito Carlos Amastha, foi concluída. O corregedor-geral do Munícipio, Francisco Nazioneno, disse ao T1 Notícias que optou pelo arquivamento por falta de provas. "Achei inclusive leviano, por que os próprios que fizeram denúncia em redes sociais não confirmaram nada", disse ele ao portal.

 

“As pessoas citadas na sindicância foram intimadas para depoimento, e todas negaram as denúncias. As postagens em redes sociais não tem valor jurídico e, por isso, a decisão foi pelo arquivamento”, disse ele.

 

Na época, uma Comissão de quatro servidores foi criada para investigar o caso. Uma das pessoas citadas no processo foi a ex-secretária de Educação de Palmas, Berenice Barbosa. A sindicância visava apurar “fatos noticiados em redes sociais na internet, com aliciamentos a servidores públicos municipais em campanha eleitoral”. A ex-secretária teria feito movimentações na Secretaria em favor do deputado estadual reeleito, Wanderlei Barbosa. O deputado, que era da base de Amastha iniciou campanha com dobradinha em Palmas com o então candidato a deputado federal Tiago Andrino. A partir de agosto, alegando descumprimento de compromissos, abandou a campanha do atual suplente de deputado federal e fez outras composições.

 

O clima pesou no Paço Municipal contra a então secretária, irmã e indicada de Barbosa. Ela então pediu licença para assuntos pessoais 15 dias antes das eleições. Nos bastidores, o comentário é que o principal alvo da sindicância era Berenice.

 

De acordo com o corregedor, só as pessoas citadas no processo foram intimadas para prestar depoimentos. “Ninguém confirmou nada. As pessoas que foram citadas negaram tudo. Eu fiquei surpreso porque o prefeito determinou que fizesse uma sindicância e apurasse, porque envolve secretária, o nome da administração, e a gente precisa esclarecer isso”, declarou.

 

Nazioneno disse que, como corregedor, não interfere diretamente na Comissão. “Eles fazem. E um grupo de quatro pessoas que ouviram, fizeram o relatório final e para minha surpresa, nenhum confirmou nada”, disse el. Naziozeno considera “estranho e até leviano" que algumas pessoas usem as redes sociais para fazer denúncias e depois não confirmar.

 

O corregedor alertou que trabalha com lisura nos processos. “O prefeito Amastha recomendou isso, que eu trabalhasse com liberdade, sem intervenção política e ninguém nunca pediu nada aqui”. 

 

(Atualizada com correção às 15h00 do dia 13/02)

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