A senadora Kátia Abreu defendeu nesta quinta na Capital um planejamento no país que possibilite um melhor uso da água e políticas públicas para a sua reservação. A parlamentar participou como palestrante da 13ª Edição do Fórum das Àguas, organizado pelo Grupo Jaime Câmara, onde proferiu a palestra “O Código Florestal e a importância das Áreas de Preservação Permanente(APPs).
O encontro teve ainda a participação do diretor- presidente da Agência Nacional de Água (NA), Vicente Andreu Guillo , que discorreu sobre “A crise hídrica no Brasil com foco no MATOPIBA”. O fórum acontece no Anfiteatro do Colégio São Francisco, em Palmas.
Segundo a Senadora é necessário que se viabilizem projetos de perenização dos rios e a aumento dos reservatórios de água doce no país para a diminuição dos prejuízos causados pela seca. Ela citou que está desenvolvendo projeto neste sentido para ser aplicado nas regiões Sul e Sudeste do Tocantins, com recursos de um fundo internacional.
A senadora Kátia Abreu salientou as condições favoráveis para isto no Estado, citando como exemplo a tecnologia de irrigação disponível aos produtores rurais. Comparou, neste sentido, a tecnologia de irrigação do Rio Grande Sul (um dos maiores produtores do país) com a existente no Tocantins. Naquele Estado, a irrigação é feita por inundação, diferente do Tocantins, onde é feita por imersão, muito mais econômica.
Ela ainda ressaltou o fato de no Tocantins o governo não ter um programa para atacar um dos principais problemas do Estado, citando a questão das caixas dágua até hoje não entregues, grande número delas perdidas em função de um incêndio.
Contextualizando nacionalmente a questão do uso, preservação e reservação dá água, a Senadora defendeu o Código Florestal (do qual foi uma das mais incansáveis defensoras) e a implantação do CAR (Cadastro Ambiental Rural). Para ela, o produtor rural defende o uso racional da água porque sem ela não existiria a produção.
Segundo a parlamentar, 93% dos produtores do Tocantins já fizeram o cadastro, graças a recursos da ordem de R$ 49 milhões, que a parlamentar viabilizou junto ao BNDES a fundo perdido. No Matopiba, o Maranhão já tem 100% dos produtores cadastrados, no Piauí são 90% e a Bahia, o mais atrasado, só cadastrou 42% dos seus produtores rurais.
A senadora Kátia Abreu também ressaltou um dado importante para a preservação da água que é o controle do desmatamento na Amazônia. Segundo ela, o desmatamento na região caiu de 27.772 hectares em 2004 para 5.831 em 2015. Uma queda de 70% na taxa de desmatamento na região amazônica. A previsão em 2020 é de que o desmatamento caia para 3.925 hectares/ano. “Nós temos que quebrar as barreiras do preconceito”, aduziu a Senadora no encerramento de sua palestra.
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